Várias
são as formas para se proteger um bem ambiental tão importante para todos os
seres vivos, como a água, um exemplo é a legislação ambiental. Apesar de muitas vezes só
aparecer no papel e não ser tão eficaz quanto de fato deveria, ou ainda, na maioria das vezes ser influenciada por interesses de grandes corporações.
Nem tudo é perfeito, como resposta a
séculos de abuso, o primeiro código florestal de 1934 já veio tarde. O
desrespeito generalizado ao resguardo das madeiras e matos ao redor de ribeiros
e fontes comprometeu águas por toda parte. E para azar dos rios, o despejo
crescente de esgotos e todo tipo de contaminantes somou-se à centenária erosão
das terras desnudas.
Fonte: Google Imagens. |
E atualmente tem-se discutido muito a alteração de um novo Código Florestal, com pontos bastante controversos no que deveria ser um cuidado com o
meio ambiente e a vida na terra.
Os pontos mais questionados do Código Florestal pela bancada ruralista
são as áreas de preservação permanente – APP (margens dos rios, nascentes e
lagos, topos de morro e encostas íngremes, destinados à conservação dos
recursos hídricos e à preservação de ecossistemas frágeis) e as reservas legais
– RL (parte de cada imóvel rural destinado à proteção da biodiversidade, da
fauna e da flora, cujo percentual varia de acordo com cada bioma). Na prática,
o desejo dos ruralistas é acabarem com as exigências legais que protegem o meio
ambiente, os pequenos agricultores e os povos e comunidades tradicionais, para
aumentar as áreas destinadas à pecuária extensiva e á produção de commodities
para o mercado internacional.
Fonte: Google Imagens. |
A biodiversidade
sofrerá cada vez mais devido a esse falso desenvolvimento. A alteração do
Código Florestal não poupará nem mesmo as áreas que são vitais para a
sobrevivência do ser humano. Não precisa ser especialista para saber que,
eliminando uma área mínima de mata ciliar, será condenado o fluxo de água dos
rios que abastecem nossos reservatórios de águas. Ao eliminarmos áreas de
proteção das encostas, problemas como deslizamentos de terra irão se
multiplicar, com o agravante de que essa brecha irá incentivar a invasão urbana
em áreas de risco. Além disso, toda a Área de Preservação Permanente será
reduzida, resultando em um desmatamento sem medida, provocando os aceleramentos
da extinção de espécies de fauna e flora entre outros.
A Natureza não pode ser vista como um entrave, algo ruim, todos os seus elementos
são imprescindíveis para a manutenção da vida em todas as suas formas. Em algum
momento terá de se decidir: ou se diminui os lucros ou se põe em risco a vida. Certo é, que as atitudes atuais que conspiram
contra a preservação ambiental podem inviabilizar o futuro de nosso país e do próprio
planeta.
Referências:
NATIVA SOCIOAMBIENTAL. Gestão de recursos hídricos e o código
florestal - Marino Gonçalves. Disponível
em:< http://www.slideshare.net/nativasocioambiental/gesto-de-recursos-hdricos-e-o-cdigo-florestal-marino-gonalves>. Acesso em: 19 nov. 2012.
CLIPPING. Código Florestal: águas ameaçadas. Disponível
em:<https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/8/24/codigo-florestal-aguas-ameacadas>.
Acesso em: 19 nov. 2012.
ASSOCIAÇÃO MATA CILIAR. Alteração do Código Florestal:
"Desenvolvimento" à custa de sombra e água fresca. Disponível
em:<http://www.mataciliar.org.br/mata/index.php?option=com_content&view=article&id=72:alteracao-do-codigo-florestal-qdesenvolvimentoq-a-custa-de-sombra-e-agua-fresca&catid=23:noticias&Itemid=21>.
Acesso em: 19 nov. 2012.
Postado por: Elisa Araujo Camelo.
Texto bem escrito, mas poderia ter enriquecido com um pouco mais de argumentos!
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