Sistema Capitalista = Fim dos Recursos Naturais
Atualmente, a maioria dos países vive numa
sociedade chamada capitalista, e como sociedade capitalista o que interessa à
classe dominante é apenas o lucro. O sistema capitalista foi crescendo e
dominando. Nas últimas décadas, o capitalismo avançou mais ainda, atualmente
ele está no que chamamos de fase imperialista. Na prática, quer dizer que
grandes bancos mundiais e grandes empresas multinacionais é que enriquecem e
buscam dominar o mundo todo, domina o sistema financeiro, as maiores
indústrias, o comércio, a agricultura, os bens naturais estratégicos, mandam em
muitos governos e até dominam vários países ao mesmo tempo. Em nome deste
‘progresso’ e ‘desenvolvimento’ estão destruindo a vida do planeta como nunca
visto na história da humanidade, a tal ponto que a cada seis pessoas que vivem
no planeta Terra, uma passa fome.
Fonte: Google Imagens |
Estas corporações, geralmente estão
sediadas nos países ricos (EUA, Europa e Japão), mas algumas são dos chamados
países em desenvolvimento, caso do Banco Bradesco, da Odebrecht e da
Votorantim, todas as empresas brasileiras. O único objetivo destes grandes
grupos tem sido garantir alto percentual de lucro. A filosofia dos capitalistas
hoje tem sido “investir no lugar onde a taxa de lucro é a maior e onde ela se
realiza com o menor tempo e com o menor risco possível”.
O sistema financeiro está em crise e a
crise está no centro do imperialismo. Além da crise do sistema financeiro, e a
conseqüente diminuição das taxas de crescimento da economia mundial, devem ser
destacadas a crise energética, a crise ambiental, a crise alimentar, a
superexploração dos trabalhadores/as, o desemprego estrutural, etc. Em fim,
este é o atual momento e a natureza do sistema capitalista. Suas conseqüências,
todos/as sabemos que recaem sobre os países e regiões mais pobres, em especial
sobre os países da América Latina.
Fonte: Google Imagens |
Atualmente o debate energético gira em torno
de três fontes: o petróleo, os agrocombustíveis e as hidrelétricas. Há o debate
também da celulose, como potencial para produção futura de álcool. Em nível mundial, o petróleo tem sido a
principal fonte de “energia líquida” utilizada pelo conjunto da humanidade. A
chamada energia líquida, possui como característica, a facilidade no seu
transporte, permitindo abastecer regiões deficitárias. São diversas formas
possíveis de transporte, podendo ser terrestre (em tanques de combustível),
marítima (em navios cargueiros), ou até transporte aéreo. No entanto, o
petróleo é parte do conjunto das fontes energéticas denominadas de “energia
fóssil”, que levou milhões de anos para se formar e, ao ser consumido, suas
reservas não se renovam. Além do petróleo, o gás natural e o carvão mineral são
de mesma origem. As reservas mundiais de petróleo estão se esgotando ou se
tornando de difícil acesso, passando ser cada vez mais caro, em menor
quantidade e de pior qualidade.
As previsões indicam que o consumo de
energia no mundo crescerá 71% até 2030, no entanto há uma tendência para
diminuição das reservas mundiais de petróleo, agravando ainda mais a corrida
pelo controle de todas as fontes de energia economicamente viáveis. O cenário mundial de crise energética afeta
principalmente os países centrais do capitalismo (Estados Unidos, Europa e
Japão) pois são eles que consomem 70% de toda energia do mundo, apesar de
possuir apenas 21% da população mundial. A solução que estes países estão
buscando, tem sido a tentativa de encontrar novas matrizes, como a biomassa, a
eólica, a solar, a hídrica, etc, no entanto é impossível atender a um padrão de
consumo baseado nos países centrais.
Este cenário energético trás várias conseqüências:
·
Especulação com elevação dos preços
internacionais do petróleo;
·
Disputas mundiais imperialistas pelo
controle das atuais reservas energéticas;
·
Elevação do custo de produção dos
alimentos, por termos um modelo de agricultura petrodependente;
·
Transferência da indústria
eletrointensiva (mineradoras e celulose) aos países periféricos;
·
Corrida pelo controle das fontes
energéticas estratégicas: terras para produção de agrocombustíveis, controle
dos rios para construção de hidrelétricas, etc.
O modelo energético, está organizado com
mecanismos e lógica de funcionamento do “capital financeiro”, organizado em um
grande “monopólio” privado do capital internacional para permitir a especulação
e as maiores taxas de lucro.
Atualmente, os chamados “donos da
energia”, tem sido uma fusão de grandes bancos mundiais (Santander, Bradesco,
Citigroup, Votorantim, etc), grandes empresas energéticas mundiais (Suez, AES,
Duke, Endesa, General Eléctric, Votorantim, etc), grandes empresas mineradoras
e metalúrgicas mundiais (Alcoa, BHP Billiton, Vale, Votorantim, Gerdau,
Siemens, General Motors, Alstom, etc), grandes empreiteiras (Camargo Correa,
Odebrecht, etc), e grandes empresas do agronegócio (Aracruz, Amaggi, Bunge
Fertilizantes, Stora Enso, etc). Estes blocos de capitalistas internacionais
formam uma forte aliança em torno de três grandes blocos de capital: o capital
financeiro, capital minero-metalúrgico-energético e o capital agro-negócio. Ou
seja, os grandes bancos internacionais e as multinacionais têm sido nossos
principais inimigos.
O problema central na questão da energia é
o atual modelo energético, que busca garantir as mais altas taxas de lucro em
todas as áreas que compreende o setor elétrico. Na esfera financeira, as
empresas energéticas exigem que se tenha uma “boa imagem” de cada empresa, que
seja a mais rentável de todas batendo recordes de lucro a cada ano e que tenha
uma imagem liga a preservação ambiental, com isso, conseguem enormes ganhos no
mercado de ações; na esfera da circulação de mercadorias, a tarifa de energia
elétrica tem sido uma verdadeira mina de ganhar dinheiro em cima de toda
população, porque cobram preços que representam um verdadeiro roubo; e na
esfera da produção de mercadorias, a construção das hidrelétricas e a geração
de energia também se tornaram um dos negócios mais lucrativos do atual sistema,
pois lucram com a venda de máquinas e equipamentos, lucram porque o Estado é
quem financia quase a totalidade das obras e lucram com a venda da energia
gerada.
As riquezas naturais são do povo e devem estar
a serviço do povo. A luta da energia e a luta em torno dos projetos minerais
devem ser entendidas como lutas por soberania de cada país e ao mesmo tempo de
caráter anti-imperialista. Estas lutas devem ser entendidas em sua totalidade,
como parte da luta pela transformação do atual modelo de sociedade. Por isso
mesmo, temos o desafio de fortalecer ou criar organizações e movimentos sociais
em cada país, organizar e fortalecer este potencial de luta.
Referências Bibliográficas:
http://www.pco.org.br/?edicao=2982
Postagem
Daniel Hollweg Salamoni
Daniel,
ResponderExcluirtua postagem levaria uma nota 10, se de fato tivesse sido integralmente escrita por ti. Infelizmente boa parte do texto está "maquiada" a partir do original que consta em http://www.mabnacional.org.br/artigo/gua-min-rios-e-modelo-energ-tico-para-que-e-para-quem.