Os
instrumentos de Gestão Ambiental de empreendimento englobam desde:
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Rodovias,
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Hidrelétricas,
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Aterros sanitários,
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Entre outros.
"Desenvolvimento sustentável é aquele que
atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as
gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades, ou ainda,
desenvolvimento sustentável não é um estado fixo de harmonia, mas um processo
de mudança na qual a exploração de recursos, a direção dos investimentos, a
orientação do desenvolvimento tecnológico e as mudanças institucionais serão
feitas consistentemente ao atendimento às necessidades do presente sem
comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades".(Nosso
Futuro Comum, 1991)
Segundo Gilbert (1995), os princípios do
desenvolvimento sustentável envolvem o processo de integração dos critérios
ambientais na prática econômica, a fim de garantir que os planos estratégicos
das organizações satisfaçam a necessidade de crescimento e evolução contínuos
e, ao mesmo tempo, conservem o "capital" da natureza para o futuro.
Aplicar os princípios significa viver dentro da capacidade dos ecossistemas
existentes. Isso exigirá mudanças em muitos aspectos da sociedade e comércio.
Não se trata apenas da poluição do ar, depleção da camada de ozônio,
conservação da água, uso de matéria-prima e gestão do resíduo; trata-se também
de um problema realmente internacional, que afeta as transações que atravessam
fronteiras, comércio, finanças e agendas políticas.
A usina Hidrelétrica
de Dona Francisca
A usina hidrelétrica de Dona Francisca esta
situada n Rio Jacuí na sub bacia do Alto
Jacuí, na bacia do atlântico sudeste e
esta entre os municípios de Agudo (RS) e Nova Palma (RS) na região sul do Rio
grande do sul com Latitude de – 29.4472 e longitude – 53.2822. Ela esta em
operação tem uma área respectiva de 20 km² e uma altura de 57 metros, sua
potencia instalada é de 100 a 200 MW e sua potencia instalada desc é de 125MW
sua energia firme é de 78M médios e apresenta uma área de inundação de 0 a 30
km² e os municípios de inundação estão presentes em Agudo, Ibarama, Arroio do
Tigre, Pinhal Grande, Nova Palma e Estrela Velha com 518 propriedades rurais atingidas
e com um deslocamento compulsório de 540 famílias e com 2.709 pessoas atingidas.
Transformações Sociais Ambientais:
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No ano de 2001, a DFESA contratou os serviços da empresa SOMA, com o
objetivo de realizar um diagnóstico das famílias reassentadas em função do
deslocamento provocado pela barragem. A pesquisa identificou famílias
adaptadas à nova realidade, famílias com dificuldade de adaptação e famílias
vulneráveis. Segundo o diagnóstico, as famílias classificadas como
vulneráveis são “incapazes de se desenvolverem na nova propriedade e de
garantir a subsistência familiar, situação que provavelmente levará ao
abandono da gleba e ao agravamento das condições de sobrevivência de seus
membros”.
De acordo com Marques, Existem modalidades de reassentamento, onde as famílias atingidas e cadastradas puderam optar:
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reassentamento em lotes individuais
em grandes áreas (coletivo);
·
reassentamento em áreas individuais;
nesta modalidade, foram reassentadas 82 famílias em áreas de até 20 hectares
nos municípios da região da usina UHDF;
·
reassentamento em áreas
remanescentes, áreas adquiridas durante o processo de desapropriação e que
tinham condições de acesso e de cultivo, neste caso enquadram-se 50 famílias.
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Conflitos Sociais:
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De acordo com Marques, no ano de 1999 o Movimento dos Atingidos por
Barragem (MAB), iniciou sua atuação na área, na formação de lideranças nas
comunidades atingidas pela construção da hidrelétrica de Dona Francisca. Em
26 de janeiro de 2000, a CEEE formalizou o Termo de Acordo com a Comissão do
Movimento de Atingidos por Barragens, visando detalhar os procedimentos
básicos para o remanejamento da população atingida pela implementação do
reservatório. Neste documento, a CEEE se responsabiliza perante o MAB pelas
ações de implementação dos programas de desapropriação e reassentamento,
permanecendo a coordenação das atividades de reassentamento com o Governo do
Estado, especificamente a Secretaria de Agricultura e do Abastecimento
(Marques, 2005).
Ainda segundo a autora, todas as famílias atingidas pela construção da hidrelétrica de Dona Francisca foram incluídas dentro de algum tipo de reassentamento. Estes foram descritos como: Reassentamentos em lotes individuais em grandes áreas, em áreas individuais, em áreas remanescentes e casos especiais. Para Marques, ao observar o processo de reassentamento em um manual ou plano básico ambiental, veremos que estes descrevem todo o referido processo, parecendo-nos muito simples e prático a sua realização, como se fosse apenas mais uma intervenção do processo de construção da barragem. No entanto, ela destaca que neste processo de reassentamento são envolvidas famílias inteiras que deverão sair de sua terra, seu território, para dar lugar um grande empreendimento. Assim, destaca ainda que como em outros projetos de construção de barragens que tiveram a reação dos atingidos organizada em um movimento social, também no caso dos atingidos pela hidrelétrica Dona Francisca isto também ocorreu. A atuação do MAB na área de construção da UHDF foi bastante intensa (Marques, 2005). O jornal Correio do Povo noticiou em 31/08/2000 que agricultores ligados ao MAB haviam deixado o canteiro de obras da Usina de Dona Francisca, na divisa dos municípios de Agudo e Nova Palma. Eles ocuparam a área no dia 28/08/2000 com o objetivo de exigir a indenização das famílias que permanecerão morando nas margens da área alagada. Desde o dia seguinte, as obras de construção estavam paradas por exigência dos manifestantes. A retirada ocorreu depois de relatado o resultado da reunião na noite anterior, com representantes do consórcio DFESA, construtora do complexo e do governo do Estado. |
Referencias:
Disponível em
<MARQUES, M. A Identidade Água Abaixo – Os Reassentamentos da Usina
Hidrelétrica Dona Francisca. Dissertação de Mestrado - Universidade Federal de
Santa Maria. Brasil, 2005.> acessado dia 28 de janeiro de 2013.
Disponível em Gerenciamento de Ambiente <http://www.eps.ufsc.br/disserta96/coelho/cap7/cap7.htm
> acessado dia 28 de janeiro de 2013.
Disponível em
efeitos da implantação da Usina Hidrelétrica Dona Francisca < http://coralx2.ufsm.br/pbiod/Dissertacoes/Neri_2009.pdf>
acessado dia 28 de janeiro de 2013.
Disponível em Instrumento de gerenciamento
ambiental< http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/estudos_ambientais/ea20a.html>
acessado dia 28 de janeiro de 2013.
Postado por: Angéli Aline Behling
Apenas uma pequena correção: rodovias, hidroelétricas, aterros sanitários e outros tipos de empreendimento potencialmente geradores de impacto ambiental não são instrumentos de gestão ambiental, eles são empreendimentos sobre os quais recaem alguns instrumentos de gestão ambiental como EIA-RIMA. De resto a questão que você traz é bastante interessante, mas não fala do EIA-RIMA realizado para a construção da UH
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