14 de jan. de 2013

DA IDADE DAS CAVERNAS À PRODUÇÃO CAPITALISTA



Principal usina hidrelétrica na Venezuela, em 2010,
sofreu  vários apagões.
Fonte: http://infosurhoy.com/cocoon/saii/xhtml/
pt/features/saii/features/main/2010/03/24/feature-01
A “infância” da humanidade era tomada pelo imediatismo primitivo, necessidades fisiológicas, necessidade de manipulação do fogo como fonte de energia, atualmente não mudou muita coisa, e o ser humano ainda se encontra numa imaturidade, porém, agora com o advento da revolução industrial temos um agravante à necessidade de energia para a movimentação das engrenagens do capitalismo.  Conforme os processos de modernização se expande, cresce a procura por maior quantidade de energia e a necessidade de tentar amenizar os impactos causados por essa busca por energia menos impactante possível. A energia elétrica sem dúvida, é uma das energias que serve de marco para o sistema capitalista consumista, com o advento desta, tudo se torna mais prático, ela é sem dúvida o conforto que todos sempre sonharam, porém, como tudo no sistema tem seu lado positivo e negativo, a energia líquida veio como alternativa para mover o capitalismo, e faze-lo expandir, para que isso ocorrer extraem-se os combustíveis fósseis para gerar energia e matéria-prima para fabricação de derivados. A energia nuclear ainda bastante acanhada e mau vista por conta dos desastres ambientais de largo impacto, não vem a ser tão desenvolvida como a principal matriz energética, as hidrelétricas, essa sem dúvida produz inúmeros impactos ambientais, sem dúvida, estes são pouco vistos ou então seus impactos surgem de forma indireta, onde a grande massa da população não associa diretamente com a construção de um barramento.

Ainda não há uma energia que se possa afirmar sendo “limpa”, todas dependem de processos que envolvem a geração, manuseio e uso, cada processo dependendo da energia, provocam direta ou indiretamente algum impacto danoso ao meio ambiente, seja este na extração do recurso, na construção e localização da matriz energética, no seu transporte, na sua destinação e descarte, e ainda tem seu expoente de perda de energia em que o Brasil sem dúvida é um recordista nesse quesito.

O CAPITALISMO E SUA REINVENÇÃO

O capitalismo a partir da década de 70, passa a mudar o paradigma do intensivismo energético, criam-se novas fontes de energia, como fontes alternativas, este é um dos marcos que indicam a reinvenção do capitalismo, porém, a intensidade da produção permaneceu acelerada. Como todo o capitalismo gera crises no seu sistema, sua primeira crise energética foi dos países desenvolvidos entre 1973 e 1979, em que os países tiveram de se modernizar para que o capitalismo não viesse a entrar em colapso, isso se deu em decorrência desse intensivismo energético onde as indústrias precisavam de muita energia para produção, isso veio a exigir do capital uma modernização para “diminuir a necessidade de energia”.
Charge
Fonte: http://www.humorpolitico.com.br/page/14/

Esta primeira crise em 73, não afetou muito os países de terceiro mundo, porém, a segunda crise foi mais radical em função da dívida externa adquirida. No caso do Brasil assim como no restante do mundo há um verdadeiro problema em termos ambientais, já que, se encontra diretamente dependente de capital internacional e o capital estrangeiro não perdoa, uma vez que, o Brasil tem uma política voltada para crescimento econômico e não seu desenvolvimento se consolida uma verdadeira lacuna de escasses de recursos naturais.
O fato é que moramos em um planeta finito, com recursos naturais finitos, e estes não tem como acompanhar e processar toda a dinâmica do capitalismo. A Terra já passou por várias crises energéticas, a meu ver, ainda está por vir o colapso dos recursos naturais em função da questão energética, apagões energéticos são somente a ponta do iceberg, estes ainda decorrem da climatologia natural da Terra no caso da energia hidrelétrica que é uma das mais exploradas. A máquina do capitalismo nunca para e quem irá e já estamos pagando por tudo isso somos nós mesmos, os consumidores de produtos e energia elétrica, e também receberemos um planeta caótico de recursos.


REFERÊNCIAS

SILVA, E. P. et al. Recursos energéticos, meio ambiente e desenvolvimento. MultiCiência: O Futuro dos Recursos, n. 01, 01 nov. 2003. Disponível em: <http://www.multiciencia.unicamp.br/artigos_01/A4_SilvaCamargo_port.PDF>. Acesso em: 12 jan. 2013.

FURTADO, André. Crise energética e trajetórias de desenvolvimento tecnológico. Palácio Universitário, Rio de Janeiro, 2003. Disponível em: <http://www.ie.ufrj.br/desenvolvimento/pdfs/crise_energetica_e_trajetorias_de_desenvolvimento_tecnologico.pdf>. Acesso em: 14 jan. 2013.

Adriele da Rosa Krüger

2 comentários:

  1. O argumento está perfeito, mas o texto carece de uma revisão de sintaxe, e senti falta de alguns dados que pudessem dar mais solidez às tuas afirmações.
    Uma última questão para refletirmos: será que a atual crise hidroelétrica, decorrente do baixo nível dos reservatórios é consequência da falta de chuvas ou da incapacidade cada vez maior dos sistemas ambientais em reter e armazenar água sem perder para o escoamento superficial e evaporação? Neste caso, a climatologia nada teria a ver com o apagão!

    ResponderExcluir
  2. Nooossaa.... Que pobreza !!!!!!!!....Me conta: no Socialismo, como é???

    ResponderExcluir