Principal usina hidrelétrica na Venezuela, em 2010, sofreu vários apagões. Fonte: http://infosurhoy.com/cocoon/saii/xhtml/ pt/features/saii/features/main/2010/03/24/feature-01 |
A “infância” da humanidade
era tomada pelo imediatismo primitivo, necessidades fisiológicas, necessidade
de manipulação do fogo como fonte de energia, atualmente não mudou muita coisa,
e o ser humano ainda se encontra numa imaturidade, porém, agora com o advento
da revolução industrial temos um agravante à necessidade de energia para a
movimentação das engrenagens do capitalismo.
Conforme os processos de modernização se expande, cresce a procura por
maior quantidade de energia e a necessidade de tentar amenizar os impactos
causados por essa busca por energia menos impactante possível. A energia
elétrica sem dúvida, é uma das energias que serve de marco para o sistema
capitalista consumista, com o advento desta, tudo se torna mais prático, ela é
sem dúvida o conforto que todos sempre sonharam, porém, como tudo no sistema
tem seu lado positivo e negativo, a energia líquida veio como alternativa para
mover o capitalismo, e faze-lo expandir, para que isso ocorrer extraem-se os
combustíveis fósseis para gerar energia e matéria-prima para fabricação de
derivados. A energia nuclear ainda bastante acanhada e mau vista por conta dos
desastres ambientais de largo impacto, não vem a ser tão desenvolvida como a
principal matriz energética, as hidrelétricas, essa sem dúvida produz inúmeros
impactos ambientais, sem dúvida, estes são pouco vistos ou então seus impactos
surgem de forma indireta, onde a grande massa da população não associa
diretamente com a construção de um barramento.
Ainda não há uma energia que
se possa afirmar sendo “limpa”, todas dependem de processos que envolvem a
geração, manuseio e uso, cada processo dependendo da energia, provocam direta
ou indiretamente algum impacto danoso ao meio ambiente, seja este na extração
do recurso, na construção e localização da matriz energética, no seu transporte,
na sua destinação e descarte, e ainda tem seu expoente de perda de energia em
que o Brasil sem dúvida é um recordista nesse quesito.
O CAPITALISMO E SUA
REINVENÇÃO
O capitalismo a partir da
década de 70, passa a mudar o paradigma do intensivismo energético, criam-se
novas fontes de energia, como fontes alternativas, este é um dos marcos que
indicam a reinvenção do capitalismo, porém, a intensidade da produção permaneceu
acelerada. Como todo o capitalismo gera crises no seu sistema, sua primeira
crise energética foi dos países desenvolvidos entre 1973 e 1979, em que os
países tiveram de se modernizar para que o capitalismo não viesse a entrar em
colapso, isso se deu em decorrência desse intensivismo energético onde as
indústrias precisavam de muita energia para produção, isso veio a exigir do
capital uma modernização para “diminuir a necessidade de energia”.
Charge Fonte: http://www.humorpolitico.com.br/page/14/ |
Esta primeira crise em 73,
não afetou muito os países de terceiro mundo, porém, a segunda crise foi mais
radical em função da dívida externa adquirida. No caso do Brasil assim como no
restante do mundo há um verdadeiro problema em termos ambientais, já que, se
encontra diretamente dependente de capital internacional e o capital
estrangeiro não perdoa, uma vez que, o Brasil tem uma política voltada para
crescimento econômico e não seu desenvolvimento se consolida uma verdadeira
lacuna de escasses de recursos naturais.
O fato é que moramos em um
planeta finito, com recursos naturais finitos, e estes não tem como acompanhar
e processar toda a dinâmica do capitalismo. A Terra já passou por várias crises
energéticas, a meu ver, ainda está por vir o colapso dos recursos naturais em
função da questão energética, apagões energéticos são somente a ponta do
iceberg, estes ainda decorrem da climatologia natural da Terra no caso da
energia hidrelétrica que é uma das mais exploradas. A máquina do capitalismo
nunca para e quem irá e já estamos pagando por tudo isso somos nós mesmos, os
consumidores de produtos e energia elétrica, e também receberemos um planeta
caótico de recursos.
REFERÊNCIAS
SILVA, E. P. et al. Recursos energéticos, meio ambiente e
desenvolvimento. MultiCiência: O Futuro dos Recursos, n. 01, 01 nov.
2003. Disponível em: <http://www.multiciencia.unicamp.br/artigos_01/A4_SilvaCamargo_port.PDF>.
Acesso em: 12 jan. 2013.
FURTADO, André. Crise energética e trajetórias de
desenvolvimento tecnológico. Palácio Universitário, Rio de Janeiro,
2003. Disponível em:
<http://www.ie.ufrj.br/desenvolvimento/pdfs/crise_energetica_e_trajetorias_de_desenvolvimento_tecnologico.pdf>.
Acesso em: 14 jan. 2013.
Adriele da Rosa Krüger
O argumento está perfeito, mas o texto carece de uma revisão de sintaxe, e senti falta de alguns dados que pudessem dar mais solidez às tuas afirmações.
ResponderExcluirUma última questão para refletirmos: será que a atual crise hidroelétrica, decorrente do baixo nível dos reservatórios é consequência da falta de chuvas ou da incapacidade cada vez maior dos sistemas ambientais em reter e armazenar água sem perder para o escoamento superficial e evaporação? Neste caso, a climatologia nada teria a ver com o apagão!
Nooossaa.... Que pobreza !!!!!!!!....Me conta: no Socialismo, como é???
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