A
conferência contou com a participação de chefes de estados de cento e noventa
nações que propuseram mudanças, sobretudo, no modo como estão sendo usados os
recursos naturais do planeta. Além de questões ambientais, foram discutidos
aspectos relacionados a questões sociais como a falta de moradia e outros. Do
ponto de vista de conscientização da sociedade brasileira para os problemas que
o atual sistema de produção e consumo gera, a conferência foi um sucesso. A
quantidade de eventos paralelos e até mesmo a participação popular teve um
efeito positivo na adoção de políticas ambientais corretas no País. Do ponto de
vista de resultados concretos, como foi a Rio-92, contudo, a conferência deixou
a desejar.
Após
a conferência do Rio em 1992, foram necessários cinco anos para a adoção do
Protocolo de Kyoto, que fixou metas para a redução das emissões de gases
responsáveis pelo aquecimento da Terra e um calendário para cumpri-las. Esse
protocolo só entrou em vigor em 2005 e, mesmo assim, os Estados Unidos se
mantiveram fora dele. Um protocolo para a implementação da Convenção da
Biodiversidade foi aprovado em Nagoya em 2009.
O
que é frustrante no processo de negociação das Nações Unidas - que busca o
consenso das 194 nações participantes - é que qualquer resultado só pode ser
conseguido com a adoção de um denominador comum mínimo aceitável por todos, e
este é, em geral, o menos exigente de todos no que se refere a reduções e
metas.
Para
vermos uma evolução quanto aos impactos ambientais precisamos é de uma mudança
cultural. A mesma mudança de cultura que vai mostrar ao cidadão que é preciso
respeitar a faixa de pedestre, respeitar filas, respeitar o próximo, que jogar
um papel na rua faz sim a diferença porque se 7 bilhões de pessoas tiverem o
mesmo pensamento que você, de que “o meu papelzinho não fará diferença”, e
tiverem essa atitude todos ao mesmo tempo, estaríamos mergulhados em um
verdadeiro lixão alimentado por nós.
Não
vamos apenas nos reunir em um evento bonito e clamar ao microfone por mudança
se ao chegar em casa não somos capazes de reciclar o “nosso” lixo porque não
temos coragem de aceitar que quem produz o lixo somos nós. Não adianta falar em
sustentabilidade quando nem sabemos conceituar a palavra, ou usar as mídias
sociais para provar ao mundo que nos preocupamos com os animais em extinção, se
tudo o que queremos é comer nossa comida industrializada, na nossa mesa de
madeira maciça – a qual nos orgulhou em mostrar aos convidados. E acredite:
somos todos muito jovens diante dos problemas que a natureza ainda vai apresentar
para a humanidade, mas até quanto vai a RIO para que a ficha realmente caia de
que todos deveram fazer a sua parte.
Habilidades
são a chave para o desenvolvimento sustentável em tempos de mudança global.
Construir essas habilidades deve começar o mais cedo possível nas escolas.
POSTADO POR: Jonas Gomes Machado, acadêmico de Geografia
POSTADO POR: Jonas Gomes Machado, acadêmico de Geografia
Referências:
http://salaaberta.com/2012/06/20/opiniao-rio-20-e-mais-quantos-anos/
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,a-rio20-e-a-crise-global-,891141,0.htm
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