18 de fev. de 2013

Preservar Com ou Sem Recursos


Criado pela Constituição Federal em 1888, o ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) é a maneira da união arrecadar recursos para a sua “manutenção” e consequentemente repassar aos Estados da federação ficando com 75%, sendo esses responsáveis então para distribuir os recursos aos municípios, ficando eles com 25%. Tudo o que compramos hoje no Brasil (roupas, imóveis, carros, alimentos) já vem sobre o preço, a taxa do imposto arrecadado para a União. Toda a circulação de mercadorias entre municípios e estados, prestação de serviços no exterior ou importação de mercadorias, gera através do imposto capital para o país desenvolver suas atividades em todo o seu território.

Sendo assim, foi instaurado o ICMS Ecológico, um mecanismo que possibilita aos municípios acessarem recursos financeiros arrecadados pelos Estados do ICMS. Os estados brasileiros que tem o ICMS aprovados são: Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rondônia, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pernambuco, Amapá, Tocantins, Acre, Ceará, Piauí e Rio de Janeiro.
Dentre esses, o estado do Rio de Janeiro aprovou sua legislação do ICMS Verde em 2007, e utiliza os seguintes critérios para a distribuição dos recursos nos municípios fluminense: 45% para unidades de conservação; 30% para qualidade da água; e 25% para gestão dos resíduos sólidos. 
No Rio de Janeiro os repasses são proporcionais às metas alcançadas nessas áreas: quanto melhores os indicadores, mais recursos as prefeituras recebem. A cada ano, os índices são recalculados, dando uma oportunidade para que os municípios que investiram em conservação ambiental aumentem sua participação no repasse de ICMS.

Lagoa Jaturnaíba-RJ
Dentre os cidades fluminenses, se destaca o município de Silva Jardim, na região dos lagos, sendo ele o líder no ranking de recebimento de recursos do ICMS Ecológico, aonde tende a receber no ano de 2013, R$ 8,5 milhões. A cidade se destaca por desenvolver políticas e ações para preservação do principal manancial de abastecimento dos municípios da região dos lagos, a Lagoa Jaturnaíba, e também pelo fim de um lixão, o avanço em saneamento básico e investimentos nas suas unidades de conservação.

Ao analisarmos esse processo em que as cidades recebem recursos do ICMS Ecológico, vemos que há uma saída para que os municípios atentem as políticas de preservação ambiental e executem projetos do gênero. Entretanto, penso que, não é necessário desenvolver ações de preservação da natureza somente visando receber dinheiro do governo, mas sim, pois procurar os prefeitos das cidades, medidas de bem estar a todos os habitantes.

Portanto, esperamos que os estados brasileiros que ainda não recebem o ICMS Ecológico, apresentem propostas para obterem ajuda financeira pra preservação do meio ambiente, e, além disso, desenvolvam políticas de preservação com ou sem ajuda do governo.
Referências

ICMS Ecológico, disponível em:

ICMS Ecológico, disponível em:

Introdução ao ICMS Ecológico, disponível em:


O Destino Consciente de Sua Carga Tributária, disponível em:

Postado por: Vinicius Silveira dos Santos

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