O modelo de industrialização desenvolvido no Brasil no século XX foi um dos mais importantes fatores para uma série de transformações de ordem social, econômica, política, cultural, e acima de tudo, ambiental. A concentração industrial nos grandes centros urbanos, como por exemplo, São Paulo e Rio de Janeiro, faz com que as cidades sofram com um complexo processo de urbanização, desenvolvido de forma acelerada e condicionando a outros fatores, como planejamento e gestão pública.
Na atualidade, muitos aspectos favorecem para o agravamento dos impactos socioambientais nas grandes cidades. Os mais importantes serão citados logo abaixo:
Uso do Solo e Moradia
O processo da saída do campo para a cidade (também conhecido como êxodo rural), faz com que esses migrantes cheguem a zona urbana por não possuírem condições financeiras necessárias, acabam se fixando em encostas de morros, terrenos baldios e áreas de mananciais, sem nenhum tipo de estrutura, bem como condições de saneamento.
Clima Urbano
O excesso de veículos automotores, a proximidade de áreas industriais e a dispersão de poeira e fuligem provocam na atmosfera uma concentração muito grande de poluentes, contribuindo para a formação da chamada "Poluição do Ar". Esta, é formada principalmente pela emissão de gases formados da queima de combustíveis fósseis (gasolina, óleo diesel e etanol). Essa emissão lança na atmosfera elementos extremamente tóxicos, como o dióxido de enxofre e o monóxido de carbono.
Poluição e Escassez das Águas
Atinge rios, córregos, lagos e mares. As redes coletoras de esgoto são insuficientes, os sistemas de tratamento são precários e as ocupações irregulares atingem as áreas de mananciais e comprometem o fornecimento de água potável. A poluição das águas pode ser provocada tanto por agentes químicos como por agentes orgânicos. Essas substâncias destroem diversas formas de vida aquática e contaminam os rios. E, com isso, pode afetar a saúde humana com doenças transmitidas por bactérias, protozoários e vermes.
Resíduos Sólidos
A grande concentração populacional e o aumento do consumo de produtos com embalagem descartável, tornam o destino do lixo urbano um desafio. A quantidade descartada de resíduos sólidos domésticos variam de acordo com o nível médio de consumo local. Muitas cidades brasileiras estão com seus aterros em situação crítica e já não dispõem de terrenos para destinar os resíduos.
Medidas cabíveis para contornar essa situação:
- Quanto aos aspectos das ocupações irregulares, as políticas habitacionais devem promover a regularização fundiária, a remoção e o reassentamento de famílias que moram em áreas de risco, além da construção de áreas de lazer e serviços. Para regular o uso do solo urbano, é necessário que os governos municipais elaborem um Plano Diretor, regulamentando a conservação dos patrimônios históricos e culturais e o zoneamento das cidades, definindo as áreas residenciais, comerciais e centrais.
- Para diminuir os efeitos da poluição atmosférica, algumas alternativas são indicadas, como adotar novas tecnologias para controlar a emissão de gases dos veículos e das indústrias e estabelecer um sistema de transporte coletivo mais eficiente. Além disso, é necessário ampliar e manter grandes extensões de áreas verdes, que contribuem para regular o clima e tornar a paisagem urbana mais agradável.
- Para evitar a contaminação dos cursos d'água, uma medida eficaz é introduzir um sistema de tratamento de esgoto, com uma rede exclusiva de canos e tubulações que coleta o esgoto em residências, áreas comerciais e industriais e o direciona para uma estação de tratamento. Para reverter esse quadro, é necessário diminuir a produção de lixo e o consumo de embalagens descartáveis não recicláveis, ampliar a coleta seletiva e estruturar os aterros sanitários e os locais de incineração.
- Para tentar amenizar o problema dos congestionamentos e da poluição provocada pelo excesso de veículos, algumas cidades como São Paulo e Cidade do México introduziram um sistema de rodízio. seu objetivo principal é diminuir o número de carros, caminhões e ônibus.
Nesta postagem, podemos observar os verdadeiros problemas sócio-ambientais dos maiores centros urbanos, tanto do Brasil quanto do Mundo. Ao longo do tempo, esses impactos vão se agravando cada vez mais, e parece que as pessoas e os órgãos não dão a mínima para essa triste realidade. Foi citado durante a postagem, algumas medidas preventivas para os impactos começarem a ser minimizados nos dias de hoje. Todavia, sabemos que quase nunca essas medidas preventivas saem do papel, tanto da nossa parte quanto dos nossos governadores. Mas e se elas começarem a sair do papel, será que realmente vai adiantar?? Com certeza, hoje já será meio tarde para se recuperar o que foi destruído, principalmente quanto se trata da poluição das águas e poluição do ar. Esses dois aspectos já agravaram demais a situação da população urbana, e mesmo, que as pessoas comecem a se conscientizar, já será tarde para se tentar recuperar os danos ocorridos. Com isso, devemos pensar muitas vezes antes de destruirmos a nossa cidade, seja jogando um simples papel no chão ou até mesmo contribuindo com fumaça e gases para a poluição do ar, pois a partir disso o meio ambiente nunca mais voltará a ser o mesmo!!
Abaixo, você e pode conferir um vídeo que traz a questão dos impactos ambientais, onde este ressalta que devemos ter consciências antes de poluirmos o nosso meio ambiente!!
Referências Bibliográficas
Blog Geoinformativo - "Informando você geograficamente". Questões Sócio-Ambientais e Planejamento Urbano. Disponível em: <http://geo-informativo.blogspot.com.br/2012/11/cap-11-questoessocioambientais-e.html>. Acesso em: 13 dez. de 2012.
Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional. Segregação espacial e impactos sócio-ambientais: possíveis manifestações da degradação em novas paisagens urbanas. Disponível em: <http://www.rbgdr.net/0302009/artigo2.pdf>. Acesso em: 13 dez. de 2012.
Postado por: Daniélli Flores Dias
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