21 de jan. de 2013

BEM AVENTURADOS OS SEM RECURSOS!



Bem aventurados o Chile, Uruguai, Paraguai e Argentina, porque eles não possuem tantos recursos naturais quanto nós para serem explorados, bem aventurados estes, pois sua natureza e seus cidadãos não pagam um alto valor pela extração de recursos naturais e não são reféns das empresas petrolíferas e de cana de açúcar, entre outras. Bem aventurados os que não viram reféns de cartéis e de altas taxas tributárias em seus países. E que digamos amém, pois o povo brasileiro é muito cristão, é quase crucificado diariamente de mãos pregadas vendo o capital estrangeiro esvaindo nossos recursos, explorando da mesma forma que sempre foi explorado desde a sua primeira invasão em 1500.


Imagem de satélite: Carajás
O Brasil se trata de um dos maiores possuidores de reservas minerais do mundo, minérios como ferro, bauxita, cobre, cromo, ouro, estanho, níquel, manganês, zinco, potássio, nióbio, entre outros. Desde o séc. XX, os recursos do território brasileiro vêm sendo alvo de empresas de extração de minérios clandestinas, inclusive em meio à Floresta Amazônica, não é por menos que as tentativas de internacionalização da Amazônia se acumulam em filas. Considero como um dos marcos da implantação da mão negra do capital nos minérios do país, o projeto Carajás, este veio com o intuito de retirar minérios e vendê-los para o exterior por um alto custo, sendo pago a preço de banana ao Brasil, ameaçando o meio ambiente, empobrecendo as populações.

Mas sem dúvida, o tema que esta mais em voga, em questão de recursos naturais brasileiros, bendito óleo negro, o Petróleo, mais especificamente chamado de pré-sal, chama-se assim porque é uma reserva que se encontra numa camada pré-sal, descoberta em 2007 apesar de já haverem indícios de sua existência as tecnologias não eram suficientes para pesquisar mais a respeito, sendo uma área de difícil acesso, à aproximadamente seis mil metros abaixo da lâmina d’água, hoje com toda a tecnologia, a extração das reservas vem sendo uma mão de obra bastante cara e bastante perigosa em termos ambientais. Assim como na Amazônia, houve inúmeras discussões a respeito de quem seria o pré-sal, mas enfim, o fato que ele se caracteriza como sendo brasileiro, porém, não quer dizer que tenhamos vantagens por termos petróleo em nossas terras. É a boa e velha discussão, no Brasil, de belezas naturais e grandes mananciais de recursos naturais quem paga o preço pela exploração é o próprio brasileiro.
Fonte:
http://griloescrevente.blogspot.com.br/2008_05_01_archive.html

Um fato que não precisa de grandes estudos científicos, nós constatamos no dia-a-dia, é só termos a simples ação de ligar a televisão de manhã cedo, ou ler o jornal do dia, para constatar, em 2011, o PIB brasileiro ficou em US$ 2,48 trilhões, acima dos US$ 2,26 trilhões registrados pelo Reino Unido, o Brasil é a sexta maior economia do mundo. Façamos uma pequena reflexão, a população brasileira possui as maiores taxas de analfabetismo funcional, e os piores índices de corrupção de todos os tempos, segundo o jornal o globo, até o ano passado encontrava-se no 69º lugar de 176 países pesquisados, e ainda uma altíssima carga tributária que gira entorno de 67% maior que a média da América Latina superando os países ricos.

Portanto, não há um equilíbrio, o Brasil desenvolve sua economia para os outros países e não para si próprio, em um determinado momento no governo de João Goulart, este presidente tentou voltar seus olhares para a população brasileira, promovendo uma reforma de base, antes de terminar seu mandato foi tomado por um golpe de Estado, pois quem mandava no Brasil não era seu presidente e sim os Estados Unidos e uma minoria de classe hegemônica ligas aos interesses do capitalismo. O Brasil esta a serviço do capital estrangeiro, quem estaria às sombras de nosso país se encontra muito melhor que nós brasileiros. O Brasil é o único que não se beneficia com suas próprias riquezas naturais. O exemplo dos combustíveis é o que mais sentimos ultimamente, o Brasil é autossuficiente em Petróleo, e vamos rezar novamente, autossuficiência para quem? No Paraguai onde não se tem nenhum poço de petróleo, muito menos pré-sal, nem Petrobras, a gasolina custa R$ 1,45 o litro e sem adição de álcool. Na Argentina, Chile e Uruguai, que juntos, somados os três, produzem menos de um quinto da produção brasileira, o preço da gasolina gira em torno de R$ 1,70 o litro e sem adição de álcool. Bem aventurados estes países, nós somos crucificados sobre a madeira extraída de nossas matas, martelados com o ferro extraído das reservas de minerais clandestinos, e corre em nossas veias o sangue bendito de nossos índios que até hoje são expulsos de sua própria terra que lhe é de direito, os que sobrevivem viram marginalizadas, excluídos do sistema, em nosso rosto corre o suor de tantas lutas diárias dentro de um país que não reconhece seu povo, este acaba por mover as engrenagens do capitalismo que tanto os outros países se beneficiam.

REFERÊNCIAS

RIBEIRO, B. Por que o Preço do Combustível é tão Alto no Brasil? Blog do Tio Bereco. Disponível em:<http://cabana-on.com/Brasil/artigos/artigo46.html>. Acesso em: 21 jan. 2013.

BONFANTI, Cristiane. Carga tributária brasileira é 67% maior do que a média da América Latina e supera 16 países ricos. O Globo. 13 nov. 2012. Disponível em:<http://oglobo.globo.com/economia/carga-tributaria-brasileira-67-maior-do-que-media-da-america-latina-supera-16-paises-ricos-6718045>. Acesso em: 21 jan. 2013.

BBC. Percepção de corrupção melhora no Brasil, mas problema ainda é endêmico, diz ONG. BBC. Brasília, 5 dez. 2012. Disponível em:<http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/12/121205_transparencia_corrupcao_percepcao_rw.shtml>. Acesso em: 21 jan. 2013.

JUSTUS, Paulo. Brasil é a sexta maior economia do mundo. O Globo. São Paulo, 6 mar. 2012. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/economia/brasil-a-sexta-maior-economia-do-mundo-4233033>. Acesso em: 21 jan. 2013.

Cerqueira e Francisco, Wagner de. Pré-sal. Brasil Escola. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/brasil/presal.htm>. Acesso em: 21 jan. 2013.

SANTINI, Daniel. Carajás: dilema do desenvolvimento sustentável. O Eco Amazônia. 11 mai. 2010. Disponível em: <http://www.oecoamazonia.com/br/reportagens/brasil/27-carajas-dilema-do-desenvolvimento-sustentavel>. Acesso em: 21 jan. 2013.

Adriele da Rosa Krüger
                                                 

                                                 

2 comentários:

  1. Teu argumento é impecável! Meus parabéns pelo texto! Informativo, crítico e bem redigido!

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  2. Qual a tua formação?? Pelo texto, deve ser uma redação de 7ª Série do Primeiro Grau...Quanto erro... Meu Deus do Céu !!!!! ... Se estás fazendo o 3º Grau, estamos perdidos, pois é a prova que faltava do baixo nível de nossas Universidades !!!!!!!!

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