Decrescimento sustentável
Por: Alexandre da Rosa Marinho
A palavra decrescimento
(em inglês: degrowt, em espanhol: decrecimiento, em italiano: decrescita) é de cunho fundamental para
movimentos políticos, socais e econômicos baseados em ideias de economia
ecológica de cunho anti-capitalista e anti-consumista.
Tendo em vista que com o avanço das técnicas em geral, parte da humanidade, a do auto intitulado
“mundo desenvolvido”, têm utilizado os recursos naturais de maneira inconsequente
e sem preocupação para com o futuro da humanidade e com a resiliência da
natureza explorada.
Fonte: http://blog.grancursosonline.com.br/resiliencia/
Este fato gerou um sistema vicioso que necessita acumular
capital para gerar bem estar aos indivíduos que nele vivem. Necessita criar
novos empregos, pagar dívidas, suprir demandas e gerar lucros para o acúmulo de
quem não necessita vitalmente deste.
O mundo dito desenvolvido passou por décadas
incessantes de crescimento à custa de muita exploração de recursos naturais, guerras,
imposições culturais, intervenções políticas e crises que até hoje geram preocupações nos indivíduos que vivem neste meio.
Quem vive neste esquema (inclusive quem é
prejudicado economicamente por ele) acredita que só há um meio para se exercer
com plenitude a experiência de se ter uma vida digna: É necessário crescer
economicamente sem medir as consequências do impacto que se está causando no
planeta.
O decrescimento sustentável é um chamado para que
seja desconstruído este imaginário popular de que só existe uma maneira, um
futuro determinado pelos abusos de recursos naturais
O decrescimento não desafia apenas os resultados,
mas o próprio espírito do capitalismo. O capitalismo não conhece limites, ele
só sabe como expandir, criando e ao mesmo tempo destruindo em dobro. O capitalismo não pode e não sabe como resolver.
O capitalismo pode vender "tudo"; Mas não pode vender “menos”.
No livro “Degrowth: A vocabulary for a new era” são
expostas dez propostas políticas para que ocorra o decrescimento sustentável,
se faz pertinente aqui expor a décima proposta:
10. Abolir o uso do PIB como indicador de
progresso. Já que o PIB é um indicador ilusório, deveríamos parar de usá-lo e
buscar outro indicador para mensurar a prosperidade. Contas estatísticas
monetárias e fiscais podem ser coletadas e usadas, porém as políticas
econômicas não deveriam ser expressas segundo os objetivos do PIB. Um debate
deve ser iniciado sobre a natureza do bem estar, focando-se no que medir, ao invés de focar no como medir.
Referências bibliográficas:
http://www.degrowth.org/conservation-biologists-question-the-economic-growth-paradigm
http://www.degrowth.org/yes-we-can-prosper-without-growth
http://vocabulary.degrowth.org/
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