9 de set. de 2015



Decrescimento sustentável 

Por: Alexandre da Rosa Marinho


A palavra decrescimento (em inglês: degrowt, em espanhol: decrecimiento, em italiano: decrescita) é de cunho fundamental para movimentos políticos, socais e econômicos baseados em ideias de economia ecológica de cunho anti-capitalista e anti-consumista.


Tendo em vista que com o avanço das técnicas em geral, parte da humanidade, a do auto intitulado “mundo desenvolvido”, têm utilizado os recursos naturais de maneira inconsequente e sem preocupação para com o futuro da humanidade e com a resiliência da natureza explorada.

                            Fonte: http://blog.grancursosonline.com.br/resiliencia/


Este fato gerou um sistema vicioso que necessita acumular capital para gerar bem estar aos indivíduos que nele vivem. Necessita criar novos empregos, pagar dívidas, suprir demandas e gerar lucros para o acúmulo de quem não necessita vitalmente deste.

O mundo dito desenvolvido passou por décadas incessantes de crescimento à custa de muita exploração de recursos naturais, guerras, imposições culturais, intervenções políticas e crises que até hoje geram preocupações nos indivíduos que vivem neste meio.

Quem vive neste esquema (inclusive quem é prejudicado economicamente por ele) acredita que só há um meio para se exercer com plenitude a experiência de se ter uma vida digna: É necessário crescer economicamente sem medir as consequências do impacto que se está causando no planeta.

O decrescimento sustentável é um chamado para que seja desconstruído este imaginário popular de que só existe uma maneira, um futuro determinado pelos abusos de recursos naturais

O decrescimento não desafia apenas os resultados, mas o próprio espírito do capitalismo. O capitalismo não conhece limites, ele só sabe como expandir, criando e ao mesmo tempo destruindo em dobro.  O capitalismo não pode e não sabe como resolver. O capitalismo pode vender "tudo"; Mas não pode vender “menos”.

No livro “Degrowth: A vocabulary for a new era” são expostas dez propostas políticas para que ocorra o decrescimento sustentável, se faz pertinente aqui expor a décima proposta:

10. Abolir o uso do PIB como indicador de progresso. Já que o PIB é um indicador ilusório, deveríamos parar de usá-lo e buscar outro indicador para mensurar a prosperidade. Contas estatísticas monetárias e fiscais podem ser coletadas e usadas, porém as políticas econômicas não deveriam ser expressas segundo os objetivos do PIB. Um debate deve ser iniciado sobre a natureza do bem estar, focando-se no que medir, ao invés de focar no como medir.

Referências bibliográficas: 
http://www.degrowth.org/conservation-biologists-question-the-economic-growth-paradigm
http://www.degrowth.org/yes-we-can-prosper-without-growth
http://vocabulary.degrowth.org/

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