(De)crescimento econômico
socialmente sustentável? Sustentabilidade e autonomia do Planeta.
Nos últimos anos, frequentemente
no Brasil, surgiu um debate que se expandiu rapidamente, em paralelo ao
desconforto com o capitalismo e seus impasses. Trata-se da ideia de
“decrescimento”. Alguns artigos trazem “algumas teorias” deste assunto do
decrescimento, onde, elas acabam reduzindo-se a um ambientalismo, ao sugerirem,
diante de países em crise, a continuação das políticas de “rigidez”, que geram
mais desemprego e desindustrialização.
Este assunto é algo de
enorme abrangência na atualidade, onde, o movimento pelo decrescimento tem sido
alvo de críticas recorrentes e repetitivas. De modo geral, acusam-no de tratar
o crescimento econômico apenas em termos quantitativos, sem considerar suas
variantes qualitativas. E é por isso que se afirma que seus defensores são
malthusianos, porque propõem que a população e o consumo global sejam estabilizados,
se não reduzidos.
Há, no decrescimento, uma defesa explícita
pelo aumento das atividades econômicas que fortalecem a saúde humana e a
diminuição das que intoxicam a sociedade. Defende as atividades que causam
impactos menos acentuados e a diminuição das que degradam o ambiente de modo
acelerado em geral o planeta. Defendendo ainda o aumento das que fortalecem a
autonomia das pessoas, estreitando seus laços com a produção primaria e
distribuição da renda, a diminuição das que alienam e fragilizam as relações sociais
e geram exclusão.
Mas os decrescentistas
reconhecem que mesmo para as atividades econômicas qualitativamente
diferenciadas os limites biofísicos do planeta persistem. Certamente a
humanidade terá uma maior margem de manobra, sendo que quanto antes mudarmos
nossas atitudes frente ao ambiente ecológico que vivemos certamente teremos
alguns anos mais e nossos descendentes terão ainda o planeta biológico para
poderem “apreciar”. Mas mesmo assim os limites ao crescimento econômico
continuarão existindo.
Por outro lado, a crítica
cada vez mais frequente deste assunto desta mudança do progresso, por exemplo, é
o aumento de bens de consumo como o automóvel assim eliminando dióxido de
carbono na atmosfera, as grandes obras viárias, a multiplicação de projetos de
geração de energia, o consumo de eletricidade.
Por outro, a ênfase na redistribuição de riqueza e na necessidade de
assegurar condições de vida dignas à ampla maioria da população o que exige,
por exemplo, muito mais infraestrutura, portanto, mais obras de transporte
público, saneamento básico, urbanização das periferias e por ai vai.
A partir disto, a qualidade
do crescimento econômico é relevante, mas secundário. O ponto principal é o
paradigma do crescimento ilimitado. O decrescimento coloca em questão o modelo
de sociedade, e as teorias de desenvolvimento que o sustentam, que tem o
crescimento como condição fundamental para a “harmonia” socioeconômica ou, em
outras palavras, a ausência de crise onde a população por mais que não perceba
esta sendo enganada com uma proposta não muito convincente, onde o capitalismo
por ser o “peso maior governa o mundo”.
Para o decrescimento, uma
sociedade organizada sob o paradigma do crescimento ilimitado está fadada ao
fracasso, pois é impossível crescer indefinidamente seja qual for à qualidade
desse crescimento.
Ate então, tudo bem com
nossas condições de vida, claro, mas e o planeta até quando ira aguentar, ate
que ponto podemos pensar que a produção e produção de bens de consumo são necessárias
para uma população que esta sendo mal acostumada e sendo levada a um colapso. Já
que estamos em um período de crescimento tanto populacional quanto de produção,
onde, se produz mais e cada vez mais se consome, sendo estes oriundos da
retirada dos bens primários de produção dos recursos naturais, do planeta.
Seriam então, os
decrescentistas os vilões da civilização, por não reconhecerem que as
tecnologias libertaram a população humana dos limites biofísicos da natureza,
do planeta e nos apresentou o progresso. Sendo que hoje este progresso esta nos
levando a uma estagnação da natureza dos recursos naturais em pouquíssimos anos
futuros, é este futuro que queremos para nossos futuros descendentes.
Por Alice Poche Gabriel
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