Decrescimento Econômico
Denise Machado
O
crescente aumento de produção e consumo, no qual vivemos atualmente, torna cada
vez mais escasso o numero de matérias primas, matérias, que anteriormente eram
encontradas em abundancia no ambiente, mas que hoje a situação não é mais a
mesma. Não somente os recursos, essenciais para produção e a economia, como o
ambiente de forma geral está atrelado às modificações acarretadas pelo consumo
excessivo da população mundial.
População
que consome sem precisar, sem ter necessidade de ter o produto, simplesmente
pelo fato de adquirir algo que está na moda, que irá chamar a atenção, que
trará status! Governos e empresas estimulam o consumo exacerbado, com a
desculpa que consumir é importante para o crescimento do país, que produz mais
e lucra mais. Aumentando assim, seu Produto Interno Bruto (PIB). Mas o que
realmente se vê é uma má distribuição, não sendo de forma igualitária para
todos, onde quem sofre mais com o exagero de consumo são as partes mais pobres
do planeta. Sendo exploradas, esquecidas e ameaçadas pela degradação da
natureza. São mais afetadas pelas condições atuais do ambiente, da
biodiversidade, pois necessitam muito mais daquele sistema do que países ricos.
Enquanto de um lado produz-se e consome-se em larga escala o outro é explorado
e ameaçado pela forma de sistema em qual estamos inseridos.
Para
reverter essa situação ouve-se o termo decrescimento econômico, que é um
conceito econômico, e também político, cunhado na década de 1970, parcialmente
baseado nas teses do economista romeno e criador da bioeconomia, Nicholas
Georgescu-Roegen. Esta tese baseia-se na hipótese de que o crescimento
econômico (entendido como aumento constante do PIB) não é sustentável pelo
ecossistema global. Esta ideia é oposta ao pensamento econômico dominante,
segundo o qual a melhoria do nível de vida seria decorrência do crescimento do
PIB e, portanto, o aumento do valor da produção deveria ser um objetivo
permanente da sociedade. Mas, a questão principal é que os recursos naturais
são limitados e, consequentemente não existe crescimento infinito. A melhoria
das condições de vida deve, portanto, ser obtida sem aumento do consumo,
mudando-se o paradigma dominante.
Crescer
até que ponto? Até onde se quer chegar? Se desenvolver a partir da exploração
de outros povos? E a natureza como que fica? Eis que ficam questões difíceis de
compreender, mas que cercam nosso imaginário. Será que é necessário crescer e se
desenvolver a todo custo? Os recursos são limitados, nada é infinito. Somente a
ganancia dos homens está se tornando infinita, passando por cima de tudo e de
todos para aumentar a sua supremacia.
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