10 de set. de 2015

                                  Diminuir, mudar e equilibrar


                                                                                  Mederson Fagundes

O termino dos recursos naturais, traz à tona, uma necessidade de pesquisa e aprofundamento nesta temática, partindo de um entendimento sobre os reflexos deste termino, assim como uma diminuição na retirada destes recursos, seguindo de uma nova organização deste espaço, mudando os paradigmas dominantes e desacelerando a economia, haveria uma diminuição seguida de equilíbrio.

Os recursos naturais são limitados e, portanto, não existe crescimento infinito, os Bioeconômicos haviam avisado sobre a limitação dos recursos, associado em uma mudança do paradigma dominante, a meados dos anos 70.

A aceleração de retirada destes recursos e a dependência cada vez mais destes bens, influencia e impulsiona nossas vidas e nossos meios, sejam sociais, econômicos e políticos, porém, se não pensarmos em uma diminuição necessária desta economia, continuaremos com um gráfico econômico ambiental côncavo tanto em escala local, como mundial.

O funcionamento do sistema econômico atual depende essencialmente de recursos não renováveis e, portanto, não pode se perpetuar. As reservas de matérias-primas são limitadas, sobretudo quanto a fontes de energia, o que contradiz o princípio de crescimento ilimitado do PIB.

Pensar em mudanças mais sustentáveis, sem impactos agravantes no equilíbrio dos sistemas da terra, torna a temática preocupante e incontrolável, estamos indo em direção a um abismo de extensões inimagináveis, e precisamos pausar a aceleração para conseguirmos alternativas que nos tirem desta tragédia anunciada.

Serge Latouche economista e filósofo francês, um dos maiores defensores do decrescimento, o conceito de decrescimento baseia-se, num primeiro momento, na crítica antropológica da modernidade e do homo economicus, nos anos 1970, quando a mensagem de Ivan Illich é a de que viveríamos melhor de outra maneira – ou seja, seria desejável sair deste sistema. Segundo Latouche:

“Fomos formatados pelo imaginário do 'sempre mais', da acumulação ilimitada, dessa mecânica que parece virtuosa e que agora se mostra infernal por seus efeitos destruidores sobre a humanidade e o planeta. A necessidade de mudar essa lógica é a de reinventar uma sociedade em uma escala humana, uma sociedade que reencontre seu sentido da medida e do limite que nos é imposto porque, como dizia meu colega Nicholas Georgescu-Roegen, 'um crescimento infinito é incompatível com um mundo finito'. “ (Latouche, 2009.)

O termino destes recursos tornam mais complexa e necessária a temática de decrescimento, ponto este de extrema importância para a nação, tendo essa teoria de diminuição econômica, uma saída para o declínio econômico atual.

O ponto mais complicado da análise é a mudança dos paradigmas e a nova adaptação dos sistemas, ao qual é  importantíssima na engrenagem destas mudanças. Tirar a ideia de uma desaceleração da teoria e aplica-la a pratica, traz uma alternativa de suposto equilíbrio da economia, talvez a curto prazo, talvez a longo prazo, penso que, as práticas que permearam pelos séculos, foram todas testadas, porem precisaram serem tiradas da mente e jogadas no espaço em forma de objetos, sendo eles, materiais ou abstratos. 
Com isso aplicar mudanças torna-se indispensável no governo atual, diminuindo e solucionando os estragos obtidos pela crise econômica, e supostamente como reflexo destas mudanças, alcançar um retorno equilibrado da economia brasileira.

Fontes: https://decrescimento101.wordpress.com/about/

LATOUCHE, Serge. Pequeno tratado do crescimento sereno. São Paulo: Martins Fontes, 2009.

http://decrescimentobrasil.blogspot.com.br/2010/11/decrescimento-economico-socialmente.html

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