8 de set. de 2015

 Decrescimento Econômico 

                                                                              Denise Machado
O crescente aumento de produção e consumo, no qual vivemos atualmente, torna cada vez mais escasso o numero de matérias primas, matérias, que anteriormente eram encontradas em abundancia no ambiente, mas que hoje a situação não é mais a mesma. Não somente os recursos, essenciais para produção e a economia, como o ambiente de forma geral está atrelado às modificações acarretadas pelo consumo excessivo da população mundial.
População que consome sem precisar, sem ter necessidade de ter o produto, simplesmente pelo fato de adquirir algo que está na moda, que irá chamar a atenção, que trará status! Governos e empresas estimulam o consumo exacerbado, com a desculpa que consumir é importante para o crescimento do país, que produz mais e lucra mais. Aumentando assim, seu Produto Interno Bruto (PIB). Mas o que realmente se vê é uma má distribuição, não sendo de forma igualitária para todos, onde quem sofre mais com o exagero de consumo são as partes mais pobres do planeta. Sendo exploradas, esquecidas e ameaçadas pela degradação da natureza. São mais afetadas pelas condições atuais do ambiente, da biodiversidade, pois necessitam muito mais daquele sistema do que países ricos. Enquanto de um lado produz-se e consome-se em larga escala o outro é explorado e ameaçado pela forma de sistema em qual estamos inseridos.
            Para reverter essa situação ouve-se o termo decrescimento econômico, que é um conceito econômico, e também político, cunhado na década de 1970, parcialmente baseado nas teses do economista romeno e criador da bioeconomia, Nicholas Georgescu-Roegen. Esta tese baseia-se na hipótese de que o crescimento econômico (entendido como aumento constante do PIB) não é sustentável pelo ecossistema global. Esta ideia é oposta ao pensamento econômico dominante, segundo o qual a melhoria do nível de vida seria decorrência do crescimento do PIB e, portanto, o aumento do valor da produção deveria ser um objetivo permanente da sociedade. Mas, a questão principal é que os recursos naturais são limitados e, consequentemente não existe crescimento infinito. A melhoria das condições de vida deve, portanto, ser obtida sem aumento do consumo, mudando-se o paradigma dominante.
Crescer até que ponto? Até onde se quer chegar? Se desenvolver a partir da exploração de outros povos? E a natureza como que fica? Eis que ficam questões difíceis de compreender, mas que cercam nosso imaginário. Será que é necessário crescer e se desenvolver a todo custo? Os recursos são limitados, nada é infinito. Somente a ganancia dos homens está se tornando infinita, passando por cima de tudo e de todos para aumentar a sua supremacia. 

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