26 de ago. de 2015


Tragédia dos Comuns

Giovana Bolzon Silveira

             O termo “Tragédia dos Comuns” foi utilizado por Garret Hardin em 1968. Garret afirma que os problemas que ocorrem no ambiente e envolvem a utilização de recursos naturais finitos e de uso comum, dependem não apenas de soluções técnicas, mas sim da conscientização e ação humana sobre o espaço. Ou seja, estes recursos de uso comum, envolvem uma utilização excessiva e descontrolada, trazendo consequências de curto a longo prazo.
           Os indivíduos tendem a explorar os recursos do ambiente apenas para benefício próprio sem refletir sobre seu uso para a coletividade. Hardin utiliza em seu trabalho o exemplo de fazendeiros criadores de gado, no qual em sua totalidade eles possuem o direito de uso da pastagem para a utilização comum. Agregado a isso, cada fazendeiro tende a criar o máximo de animais possíveis para aumentar o seu lucro individual. Consequentemente, com a quantidade excessiva de animais consumindo a pastagem, esta, que é um recurso finito, acabará de forma muito mais acelerada.
            Este mesmo exemplo pode ser aplicado na atualidade, onde os indivíduos, de uma maneira geral, visando apenas o lucro (principalmente individual), exploram demasiadamente determinados recursos, e estes, como dito anteriormente, são finitos e poderão ser completamente usados de uma forma muito mais rápida que o natural.

            Assim, a “Tragédia dos Comuns” constitui-se no uso “inconsciente” e descontrolado dos recursos naturais, de forma coletiva, gerando uma corrosão ou destruição total destes. A principal razão deste uso excessivo se dá pelo benefício individual momentâneo e aquisição de capital através disso. O que não é refletido neste fato é a implicância destas atitudes no ambiente, ou seja, que cedo ou tarde as consequências virão à tona.  

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