No artigo de Joan Martinez Alier intitulado Decrescimento
econômico socialmente sustentável, o autor afirma que após a crise econômica de
2008/09, os países ricos têm a oportunidade de mudar a trajetória da economia
em relação aos fluxos de energia e materiais. Pois em sistemas industrializados
o crescimento da produção e do consumo
implicam no crescimento da extração e da destruição final dos combustíveis
fósseis. As teorias sobre o decrescimento econômico iniciaram há 30 anos atrás
tendo como pioneiro Nicholas Georgescu-Roegen, o qual preocupado com a sobrevivência da vida na
Terra, evidenciou a relação entre a lei da entropia e os processos econômicos,
afirmando que o decrescimento é um processo inevitável para um desenvolvimento
realmente sustentável. Assim, o decrescimento se enquadra na ideia de uma
ecologia profunda, que conduz a ponderar a preocupação ecológica no meio da preocupação
social, política, cultural e espiritual da vida humana. Oferecendo uma proposta
radical contra o crescimento apenas pelo crescimento (lógica capitalista), o
decrescimento se torna uma força antissistema que cresce muito nos últimos
tempos, pois o mesmo abrange necessidades humanas e não apenas as necessidades de acumular capital. Conclui-se
então que o decrescimento seria uma evolução positiva, pois o mesmo nos força a
sermos mais contidos em relação ao consumo, e que os ditos “ países
economicamente desenvolvidos” reduzindo
o consumo teriam um impacto extremamente positivo na justiça ambiental. Porém
em um mundo onde o sistema de acumulação de capital impera, frear o crescimento
econômico em prol de um mundo com mais sustentabilidade seria possível?
Fontes:
Postado por: Laís Regina Negrini
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