14 de set. de 2015

  Decrescimento Sustentável


                                    
A cada dia algo novo está sendo lançado no mercado, a cada lnçamento mais mil ideias surgem de novidades e variadas tecnologias. Cada compra, submete o consumidor a entrar em um ciclo vicioso de renovar seu produto, seja lá um eletrodomestico ou eletroeletronico, cada vez com maior frequência. Renovar, nem sempre por motivos de defeito, mas pelo simples fato de que ele já não é o mais popular ou para satisfazer seus desejos de superioridade tecnologica. Muitas vezes as condições financeiras não superam as necessidades, mas isso não é empecilho, visto que hoje em dia pode-se fazer compras parceladas em “mil vezes sem juros”. 
   Comprar, comprar e comprar (…) A população é enganada, é influenciada a consumir, entende-se que o consumo desenfreado, além de saciar seu desejo, irá auxiliar no crescimento do país e no seu desenvolvimento. O problema é que essa influência consumista aumenta as desigualdades e ao mesmo tempo torna-as quase invisíveis. Ignora-se que existe tanta gente pobre e explorada, quando uma nova tecnologia é criada, ignora-se a posse de tanto por uma parcela pequena da população, quando maior parte dela sobrevive com quase nada, sendo involuntariamente esquecido. Esse aumento exacerbado do consumo e consequentemente na produção só traz problemas, sejam eles ambientais ou sociais.

   O termo “decrescimento sustentável” surge para por limites em tanto desperdício, controlando a produção e o consumo. Diminuir a falsa necessidade de tanto e entender a necessidade de desacelerar esse processo involuntário de autodestruição. "Desenvolver-se, de form ecologicamente sustentável e socialmente justa." O objetivo é dar ao planeta tempo para respirar e recuperar-se de tantas “quedas” e maus tratos, visto que seus recursos são limitados. As vezes parece que a sociedade não entende a dispensabilidade que tem para o planeta, onde na verdade nós dependemos dele para sobreviver. Se não percebermos as reais necessidades da atualidade, modificando as nossas necessidades, acabaremos esgotando os recursos, esgotando as possibilidades futuras de reestruturação e principalmente esgotando toda e qualquer posibilidade futura de vida humana na terra.
(E pessoalmente, não acho que isso seria tão ruim depois de destruirmos tudo e ainda acharmos que não há nada de errado. )

Por Eduarda Marques

10 de set. de 2015

Decrescimento Econômico: O mal da sociedade atual.

Alessandra Souza.

A tese do decrescimento baseia-se na hipótese de que o crescimento econômico – entendido como aumento constante do Produto Interno Bruto (PIB) – não é sustentável pelo ecossistema global. Ou seja, a mídia faz sua propaganda para vender seus produtos a uma população que em sua maioria as vezes não necessita tanto de tal produto, compra apenas por ''status'', para mostrar para os outros que pode adquirir bens, muitas vezes se endividando para isso. A maior e principal questão é: para que os produtos sejam elaborados , não é pensado no esgotamento de matérias primas. Não se pensa nos recursos energéticos, não é pensado no bem da natureza. Tudo bem, as pessoas irão consumir os produtos agora, mas e no futuro? Com que recursos os próximos serão feitos? 
Não deixando de lado também a questão de que, esses produtos não são distribuídos de forma igualitária , compra quem pode, ou quem dá um jeito para isso. É lógica do capitalismo, do lucro, que não é para toda a população.
Latouche defende uma sociedade que produza menos e consuma menos. Sustenta que é a única maneira de frear a destruição ao meio ambiente e seus recursos naturais. 

Acredito que, primeiramente, antes de ser feitas políticas públicas para frear essa produção e consumo exarcebado por parte da população, deve haver uma consciência coletiva por parte de toda a população, pois não sabemos como será o dia de amanhã.

Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/noticias/523299-serge-latouche-o-precursor-da-teoria-do-decrescimento-defende-uma-sociedade-que-produza-menos-e-consuma-menos
http://decrescimentobrasil.blogspot.com.br/2010/11/decrescimento-economico-socialmente.html
(De)crescimento econômico socialmente sustentável? Sustentabilidade e autonomia do Planeta.  


Nos últimos anos, frequentemente no Brasil, surgiu um debate que se expandiu rapidamente, em paralelo ao desconforto com o capitalismo e seus impasses. Trata-se da ideia de “decrescimento”. Alguns artigos trazem “algumas teorias” deste assunto do decrescimento, onde, elas acabam reduzindo-se a um ambientalismo, ao sugerirem, diante de países em crise, a continuação das políticas de “rigidez”, que geram mais desemprego e desindustrialização.
Este assunto é algo de enorme abrangência na atualidade, onde, o movimento pelo decrescimento tem sido alvo de críticas recorrentes e repetitivas. De modo geral, acusam-no de tratar o crescimento econômico apenas em termos quantitativos, sem considerar suas variantes qualitativas. E é por isso que se afirma que seus defensores são malthusianos, porque propõem que a população e o consumo global sejam estabilizados, se não reduzidos.
 Há, no decrescimento, uma defesa explícita pelo aumento das atividades econômicas que fortalecem a saúde humana e a diminuição das que intoxicam a sociedade. Defende as atividades que causam impactos menos acentuados e a diminuição das que degradam o ambiente de modo acelerado em geral o planeta. Defendendo ainda o aumento das que fortalecem a autonomia das pessoas, estreitando seus laços com a produção primaria e distribuição da renda, a diminuição das que alienam e fragilizam as relações sociais e geram exclusão.
Mas os decrescentistas reconhecem que mesmo para as atividades econômicas qualitativamente diferenciadas os limites biofísicos do planeta persistem. Certamente a humanidade terá uma maior margem de manobra, sendo que quanto antes mudarmos nossas atitudes frente ao ambiente ecológico que vivemos certamente teremos alguns anos mais e nossos descendentes terão ainda o planeta biológico para poderem “apreciar”. Mas mesmo assim os limites ao crescimento econômico continuarão existindo.
Por outro lado, a crítica cada vez mais frequente deste assunto desta mudança do progresso, por exemplo, é o aumento de bens de consumo como o automóvel assim eliminando dióxido de carbono na atmosfera, as grandes obras viárias, a multiplicação de projetos de geração de energia, o consumo de eletricidade.  Por outro, a ênfase na redistribuição de riqueza e na necessidade de assegurar condições de vida dignas à ampla maioria da população o que exige, por exemplo, muito mais infraestrutura, portanto, mais obras de transporte público, saneamento básico, urbanização das periferias e por ai vai.
A partir disto, a qualidade do crescimento econômico é relevante, mas secundário. O ponto principal é o paradigma do crescimento ilimitado. O decrescimento coloca em questão o modelo de sociedade, e as teorias de desenvolvimento que o sustentam, que tem o crescimento como condição fundamental para a “harmonia” socioeconômica ou, em outras palavras, a ausência de crise onde a população por mais que não perceba esta sendo enganada com uma proposta não muito convincente, onde o capitalismo por ser o “peso maior governa o mundo”.
Para o decrescimento, uma sociedade organizada sob o paradigma do crescimento ilimitado está fadada ao fracasso, pois é impossível crescer indefinidamente seja qual for à qualidade desse crescimento.
Ate então, tudo bem com nossas condições de vida, claro, mas e o planeta até quando ira aguentar, ate que ponto podemos pensar que a produção e produção de bens de consumo são necessárias para uma população que esta sendo mal acostumada e sendo levada a um colapso. Já que estamos em um período de crescimento tanto populacional quanto de produção, onde, se produz mais e cada vez mais se consome, sendo estes oriundos da retirada dos bens primários de produção dos recursos naturais, do planeta.

Seriam então, os decrescentistas os vilões da civilização, por não reconhecerem que as tecnologias libertaram a população humana dos limites biofísicos da natureza, do planeta e nos apresentou o progresso. Sendo que hoje este progresso esta nos levando a uma estagnação da natureza dos recursos naturais em pouquíssimos anos futuros, é este futuro que queremos para nossos futuros descendentes.


Por Alice Poche Gabriel
Decrescimento Sustentável: um assunto para ser analisado


Os recursos naturais existentes em nosso planeta são utilizados pelo homem desde o seus primórdios conforme a sua necessidade de uso para a sua sobrevivência na terra, esses recursos foram explorados muitas vezes de maneiras desnecessárias e em abundância visando simplesmente o desenvolvimento e crescimento de capital. Analisando se o fato do avanço das tecnologias e inovações em maquinários de exploração de matéria prima há uma preocupação em relação a isto, pelo fato de que essas riquezas que a natureza nos oferece podem um dia sofrer um colapso ambiental, ou seja, ir diminuindo e chegar ao ponto de acabar.
Na atualidade muitos países visam somente o crescimento, o capital o enriquecimento, mas muitas vezes acabam não se dando conta de um dia olhar de outra maneira para o meio ambiente e analisar que o fato de que pode haver sim um crescimento, melhorar as condições de vida das pessoas sem prejudicar tanto o meio ambiente que é o lugar onde a gente vive e nossa próxima geração ainda vai necessitar desse mesmo espaço para viver.  Os países industrializados a maioria se desenvolveram em função da disponibilidade de matérias primas disponível, muitos países não conseguem se desenvolver em função disso não tem um bom “estoque” de recursos, sem tecnologia necessária para a exploração e acabam não tendo uma boa economia  mas tem um ambiente mais preservado.  
Futuramente, todo esse processo de exploração de recursos naturais possa vir a ser sim um grande problema para o meio ambiente, pode causar um colapso de matéria prima em função da vasta e imparável exploração, mas por outro lado é possível haver um crescimento sem prejudicar o nosso planeta e o meio ambiente. 


Vagner Apollo Duarte
                                  Diminuir, mudar e equilibrar


                                                                                  Mederson Fagundes

O termino dos recursos naturais, traz à tona, uma necessidade de pesquisa e aprofundamento nesta temática, partindo de um entendimento sobre os reflexos deste termino, assim como uma diminuição na retirada destes recursos, seguindo de uma nova organização deste espaço, mudando os paradigmas dominantes e desacelerando a economia, haveria uma diminuição seguida de equilíbrio.

Os recursos naturais são limitados e, portanto, não existe crescimento infinito, os Bioeconômicos haviam avisado sobre a limitação dos recursos, associado em uma mudança do paradigma dominante, a meados dos anos 70.

A aceleração de retirada destes recursos e a dependência cada vez mais destes bens, influencia e impulsiona nossas vidas e nossos meios, sejam sociais, econômicos e políticos, porém, se não pensarmos em uma diminuição necessária desta economia, continuaremos com um gráfico econômico ambiental côncavo tanto em escala local, como mundial.

O funcionamento do sistema econômico atual depende essencialmente de recursos não renováveis e, portanto, não pode se perpetuar. As reservas de matérias-primas são limitadas, sobretudo quanto a fontes de energia, o que contradiz o princípio de crescimento ilimitado do PIB.

Pensar em mudanças mais sustentáveis, sem impactos agravantes no equilíbrio dos sistemas da terra, torna a temática preocupante e incontrolável, estamos indo em direção a um abismo de extensões inimagináveis, e precisamos pausar a aceleração para conseguirmos alternativas que nos tirem desta tragédia anunciada.

Serge Latouche economista e filósofo francês, um dos maiores defensores do decrescimento, o conceito de decrescimento baseia-se, num primeiro momento, na crítica antropológica da modernidade e do homo economicus, nos anos 1970, quando a mensagem de Ivan Illich é a de que viveríamos melhor de outra maneira – ou seja, seria desejável sair deste sistema. Segundo Latouche:

“Fomos formatados pelo imaginário do 'sempre mais', da acumulação ilimitada, dessa mecânica que parece virtuosa e que agora se mostra infernal por seus efeitos destruidores sobre a humanidade e o planeta. A necessidade de mudar essa lógica é a de reinventar uma sociedade em uma escala humana, uma sociedade que reencontre seu sentido da medida e do limite que nos é imposto porque, como dizia meu colega Nicholas Georgescu-Roegen, 'um crescimento infinito é incompatível com um mundo finito'. “ (Latouche, 2009.)

O termino destes recursos tornam mais complexa e necessária a temática de decrescimento, ponto este de extrema importância para a nação, tendo essa teoria de diminuição econômica, uma saída para o declínio econômico atual.

O ponto mais complicado da análise é a mudança dos paradigmas e a nova adaptação dos sistemas, ao qual é  importantíssima na engrenagem destas mudanças. Tirar a ideia de uma desaceleração da teoria e aplica-la a pratica, traz uma alternativa de suposto equilíbrio da economia, talvez a curto prazo, talvez a longo prazo, penso que, as práticas que permearam pelos séculos, foram todas testadas, porem precisaram serem tiradas da mente e jogadas no espaço em forma de objetos, sendo eles, materiais ou abstratos. 
Com isso aplicar mudanças torna-se indispensável no governo atual, diminuindo e solucionando os estragos obtidos pela crise econômica, e supostamente como reflexo destas mudanças, alcançar um retorno equilibrado da economia brasileira.

Fontes: https://decrescimento101.wordpress.com/about/

LATOUCHE, Serge. Pequeno tratado do crescimento sereno. São Paulo: Martins Fontes, 2009.

http://decrescimentobrasil.blogspot.com.br/2010/11/decrescimento-economico-socialmente.html
Decrescimento Sustentável, uma visão crítica
Lucas Rademann

Há uma corrente de pensadores, baseados na obra de Georgescu-Roegen (1979) sobre o decrescimento da economia, e estes pensadores são chamados de Economistas Verdes, sendo que para eles, basicamente, o mundo possui recursos limitados e que o capitalismo está esgotando os recursos do planeta resultando em um colapso ambiental em um futuro próximo, e que a única solução para isto é a queda de produção e consequentemente decrescimento da economia, e ainda pregando um fim ao capitalismo.
No entanto, o que se observa no mundo hoje é que há países com um mercado fechado, ditos socialistas, países de mercado aberto, ditos capitalistas e menos abertos que são países com um grau menor de capitalismo, como o Brasil. Observa-se que os países mais capitalistas, onde há um livre comércio e um incentivo a bens privados há uma preservação dos recursos naturais mais forte do que em outros países menos capitalistas com maiores intervenções estatais na economia, sendo que entre os dez países com melhor gestão ambiental podemos encontrar Canada, Noruega, Reino Unido, Austrália e Estados Unidos, contrariando a ideia de Georgescu-Roegen.
Isto se deve principalmente pelo fato de que países onde a economia é mais estável abre-se mais espaço para preservação de recursos e ainda criando-se indústrias e gerando empregos com a preservação do meio ambiente e dos recursos naturais. Como exemplo podemos citar os países como Estados Unidos e Reino Unido onde é notório o desenvolvimento de energia limpa e também países onde o transporte coletivo são dos melhores do mundo, uma das medidas que Georgescu-Roegen cita para diminuir os impactos ambientais.

Assim podemos perceber que desacelerar a economia, que gerar crise e desemprego, isolar o país do mercado e estatizar não é uma solução para a suposta crise e esgotamento de recursos naturais, como a economia verde prega, mas sim integrar o mercado mundial e investir em tecnologias de vida sustentável e aumentar a qualidade de vida no mundo, pois já está comprovado que países com qualidade de vida melhor e com economia mais estável preservam mais o meio ambiente.
Decrescimento Econômico

Caroline Ribeiro

A cada dia que passa fica evidente, que a produção versus consumo está tomando escalas maiores. Mas isto vai além do modo de produção capitalista, mesmo porque a própria China (dita comunista) tem uma participação um tanto quanto efetiva na escassez desenfreada dos recursos naturais do globo. Vejo como ponto principal a ganância humana independente de partido, religião ou classe social, sempre terão seres manipulados e manipuladores, imbricados com interesses geopolíticos.

A questão do decrescimento veio para discutir possíveis soluções para o consumo e produção excessiva. Serge Latouche economista e filósofo francês é o percursor da teoria do decrescimento, que traz como objetivo central a conscientização e incentivo ao crescimento Limitado e não ilimitado.

Mas as questões são: a que ponto chegamos? Ou ainda, a que ponto chegaremos? Será necessário chegar ao limite? Ao nível máximo de escassez?

Penso que o desenvolvimento/crescimento econômico, possuem suas vantagens, não podemos ser hipócritas a ponto de dizer que isto só nos traz o mal, mas devemos ter plena consciência de que não podemos conviver tranquilamente com tantos excessos, pois estes causam impactos irreversíveis para natureza e humanidade. Acredito que as mudanças primeiramente devem vir de dentro para fora, da consciência de cada um, pois não adianta querer mudar o mundo se não sabemos separar o lixo muito menos guarda-lo para jogar na lixeira mais próxima.

9 de set. de 2015



Decrescimento sustentável 

Por: Alexandre da Rosa Marinho


A palavra decrescimento (em inglês: degrowt, em espanhol: decrecimiento, em italiano: decrescita) é de cunho fundamental para movimentos políticos, socais e econômicos baseados em ideias de economia ecológica de cunho anti-capitalista e anti-consumista.


Tendo em vista que com o avanço das técnicas em geral, parte da humanidade, a do auto intitulado “mundo desenvolvido”, têm utilizado os recursos naturais de maneira inconsequente e sem preocupação para com o futuro da humanidade e com a resiliência da natureza explorada.

                            Fonte: http://blog.grancursosonline.com.br/resiliencia/


Este fato gerou um sistema vicioso que necessita acumular capital para gerar bem estar aos indivíduos que nele vivem. Necessita criar novos empregos, pagar dívidas, suprir demandas e gerar lucros para o acúmulo de quem não necessita vitalmente deste.

O mundo dito desenvolvido passou por décadas incessantes de crescimento à custa de muita exploração de recursos naturais, guerras, imposições culturais, intervenções políticas e crises que até hoje geram preocupações nos indivíduos que vivem neste meio.

Quem vive neste esquema (inclusive quem é prejudicado economicamente por ele) acredita que só há um meio para se exercer com plenitude a experiência de se ter uma vida digna: É necessário crescer economicamente sem medir as consequências do impacto que se está causando no planeta.

O decrescimento sustentável é um chamado para que seja desconstruído este imaginário popular de que só existe uma maneira, um futuro determinado pelos abusos de recursos naturais

O decrescimento não desafia apenas os resultados, mas o próprio espírito do capitalismo. O capitalismo não conhece limites, ele só sabe como expandir, criando e ao mesmo tempo destruindo em dobro.  O capitalismo não pode e não sabe como resolver. O capitalismo pode vender "tudo"; Mas não pode vender “menos”.

No livro “Degrowth: A vocabulary for a new era” são expostas dez propostas políticas para que ocorra o decrescimento sustentável, se faz pertinente aqui expor a décima proposta:

10. Abolir o uso do PIB como indicador de progresso. Já que o PIB é um indicador ilusório, deveríamos parar de usá-lo e buscar outro indicador para mensurar a prosperidade. Contas estatísticas monetárias e fiscais podem ser coletadas e usadas, porém as políticas econômicas não deveriam ser expressas segundo os objetivos do PIB. Um debate deve ser iniciado sobre a natureza do bem estar, focando-se no que medir, ao invés de focar no como medir.

Referências bibliográficas: 
http://www.degrowth.org/conservation-biologists-question-the-economic-growth-paradigm
http://www.degrowth.org/yes-we-can-prosper-without-growth
http://vocabulary.degrowth.org/

Decrescimento Sustentável

Roberto Datria Macagnan


Os avanços climáticos estão inteiramente ligados aos avanços tecnológicos e econômicos. Como foi dito no artigo de decrescimento sustentável, nós devemos agradecer pela crise econômica em que estamos vivendo, pois assim se diminui a extração e a geração de energia. Devemos viver em uma economia moral em que o dever de cuidar e preservar o meio ambiente, para a nossa própria saúde e a de nossos  descendentes, devesse ser algo natural para todos, algo rotineiro. Como se ao fizermos algo de ruim ao meio, nós iríamos ser também machucados. A parte mais cômica desse processo são os ativos tóxicos, que sem se importar com qualquer questão de conservação do meio, as grandes corporações recebem multas (ativos tóxicos) por esses danos ambientais, que em alguns casos não são nem pagas.E essa dívida gigantesca e triste que eles tem será paga pelas futuras gerações. 
A grande questão é: como fazer as grandes potências mundiais aceitarem o decrescimento sustentável? Como fazer com que eles coloquem a vida do nosso planeta frente ao seu pote de ouro? Um filme que trata bem dessas questões é Fahrenheit 9/11, dirigido por Michel Moore, um ativista americano que critica muito fortemente o governo Bush. No filme ele condena Bush e seu aliados pelo atentado às Torres Gêmeas e a invasão ao Iraque e a destruição em massa de vidas e da natureza para enriquecimento de alguns, enquanto todo o mundo acredita que os verdadeiros terroristas são os que usam turbante...

8 de set. de 2015

 Decrescimento Econômico 

                                                                              Denise Machado
O crescente aumento de produção e consumo, no qual vivemos atualmente, torna cada vez mais escasso o numero de matérias primas, matérias, que anteriormente eram encontradas em abundancia no ambiente, mas que hoje a situação não é mais a mesma. Não somente os recursos, essenciais para produção e a economia, como o ambiente de forma geral está atrelado às modificações acarretadas pelo consumo excessivo da população mundial.
População que consome sem precisar, sem ter necessidade de ter o produto, simplesmente pelo fato de adquirir algo que está na moda, que irá chamar a atenção, que trará status! Governos e empresas estimulam o consumo exacerbado, com a desculpa que consumir é importante para o crescimento do país, que produz mais e lucra mais. Aumentando assim, seu Produto Interno Bruto (PIB). Mas o que realmente se vê é uma má distribuição, não sendo de forma igualitária para todos, onde quem sofre mais com o exagero de consumo são as partes mais pobres do planeta. Sendo exploradas, esquecidas e ameaçadas pela degradação da natureza. São mais afetadas pelas condições atuais do ambiente, da biodiversidade, pois necessitam muito mais daquele sistema do que países ricos. Enquanto de um lado produz-se e consome-se em larga escala o outro é explorado e ameaçado pela forma de sistema em qual estamos inseridos.
            Para reverter essa situação ouve-se o termo decrescimento econômico, que é um conceito econômico, e também político, cunhado na década de 1970, parcialmente baseado nas teses do economista romeno e criador da bioeconomia, Nicholas Georgescu-Roegen. Esta tese baseia-se na hipótese de que o crescimento econômico (entendido como aumento constante do PIB) não é sustentável pelo ecossistema global. Esta ideia é oposta ao pensamento econômico dominante, segundo o qual a melhoria do nível de vida seria decorrência do crescimento do PIB e, portanto, o aumento do valor da produção deveria ser um objetivo permanente da sociedade. Mas, a questão principal é que os recursos naturais são limitados e, consequentemente não existe crescimento infinito. A melhoria das condições de vida deve, portanto, ser obtida sem aumento do consumo, mudando-se o paradigma dominante.
Crescer até que ponto? Até onde se quer chegar? Se desenvolver a partir da exploração de outros povos? E a natureza como que fica? Eis que ficam questões difíceis de compreender, mas que cercam nosso imaginário. Será que é necessário crescer e se desenvolver a todo custo? Os recursos são limitados, nada é infinito. Somente a ganancia dos homens está se tornando infinita, passando por cima de tudo e de todos para aumentar a sua supremacia. 
O Decrescimento que Significaria Evolução

Giovana Bolzon Silveira

O atual sistema no qual estamos inseridos supervaloriza a sociedade do consumo desenfreado, competitivo e violento. Este tal capitalismo, sistema contraditório e desigual, não dissemina apenas impasses a curto prazo, mas com sua exploração constante dos recursos do planeta e das pessoas, que ingenuamente se tornam reféns e muitas vezes,  apoiam esta forma de vida que lhes é imposta, faz com que este, infelizmente, se torne cada vez mais poderoso. Seguindo esta lógica, acabam por acreditar e aceitar o que lhes é imposto, mesmo que isto traga consigo efeitos negativos para a maior parte dos indivíduos do planeta. Absorvem a lógica do padrão de consumo desenfreado, produção desigual e exploração, gerando, consequentemente, desigualdades cada vez mais acentuadas.
Avanços técnicos, mudanças na economia e na sociedade são de suma importância para o desenvolvimento e transformação do planeta. Mas fica no ar a seguinte pergunta: Para quem são essas mudanças? Ou então: Quem pode (ou deve) ter acesso a elas? De nada valem mudanças e evoluções técnicas significativas, se estas não são um bem comum, para todos. O mesmo vale quando são utilizados de maneira errada ou equivocada. A verdadeira “evolução” em sua plenitude, apenas poderia receber tal nome quando o mundo for devidamente respeitado, assim como as pessoas que aqui estão. Um sistema no qual a sociedade sinta-se autônoma e não refém de um modo de vida pré-determinado, um mundo no qual homens e mulheres vivam em igualdade, construindo um sistema que não pregue preconceitos e conservadorismo.
Por esse “decrescimento” eu trocaria qualquer capitalismo e seu “mundo cor de rosa”. Um decrescimento que valorize ideais de luta, pessoas, sentimentos, e não apenas lucro, “meritocracia” ou qualquer outro discurso fascista, preconceituoso, exploratório e regressivo. A verdade é que vivemos em um sistema altamente destrutivo, sob uma aparência construtiva. Um lobo em pele de cordeiro. Destroem nossas matas, nossos mananciais, nossas vidas, roubam, enganam, exploram e depois surgem como heróis, que vieram para salvar-nos da situação em que eles mesmos tramaram. Se isso é crescimento, se isso é desenvolvimento, lutemos por um mundo que decresça cada vez mais a estes “valores” sórdidos e desumanos. Não somos coisas, mas assim somos tratados, como meros objetos que geram lucro, lucro para um patrão que nem se quer conhecemos, no qual somos privados a reinvidicar, a lutar, a vencer.

Destruir um, dois, três planetas, parece pouco para um sistema no qual nos torna cada vez mais objetos, sujeitos, mas não sujeitos da nossa própria história, mas sim, sujeitos a serem eternamente explorados, extraviados.